terça-feira, 25 de novembro de 2014

Trabalhos sobre a "fogaça de Palmela"

Durante o mês de outubro a Biblioteca Escolar promoveu o concurso "Ler+ adoç@ a vida" com dois escalões: o de expressão plástica e o de expressão escrita. Foram vários os trabalhos, sobretudo escritos, contendo pesquisas, receitas, muita imaginação e apoio familiar. O resultado foi uma exposição no átrio da escola que vai ser compilada num livro para todos puderem consultar. Os objetos criados estão na Biblioteca Escolar.
Foi difícil a escolha dos trabalhos vencedores, pois muitos demonstram grande empenho, qualidade e colaboração e envolvimento dos pais,

Prémios do Concurso "ler+ adoç@ a vida - A Fogaça"
EXPRESSÃO ESCRITA
1º Lugar – Diogo Ribeiro, Turma 3ºH
2º Lugar – Isabel d’Almeida, Turma 3ºG
3º Lugar – Ana Sofia Pardal, Turma 3ºH
Prémio de originalidade – Guilherme Henriques, Turma 3ºG
Prémio de maior nº de trabalhos entregues – Liane e Safira, Turma 4ºM
EXPRESSÃO PLÁSTICA
1º lugar – Cecília Orfão, Turma 2ºE

1º Prémio de Expressão Escrita


A nova vida das Fogaças

Há algum tempo atrás, numa quinta em Palmela, vivia uma menina chamada Leonor. A Leonor Gostava muito de correr e saltar, mas o que ela adorava mesmo era ir brincar com os animais: o cão Júnior, a gata Patareca, a vaca Lulu e o burro Vagabundo.
Um dia, a Leonor estava a brincar com os animais e começou a sentir uma dor de cabeça muito forte.
 A Patareca e o Júnior foram avisar a mãe da Leonor. O Júnior começou a ladrar e a Patareca a miar.
A mãe perguntou:
- O que é?
Os dois animais foram a correr em direção à Leonor que estava sentada no quintal. A mãe viu a filha com um ar tão doente que perguntou:
 - O que é que se passa, filha?
- Dói-me muito a cabeça, mãe.
- Anda, vem deitar-te um bocadinho na cama.
A mãe foi levar a filha à cama e ao ver no calendário que era dia 15 de janeiro, lembrou-se de uma história muito bonita que a avó lhe tinha contado quando ela era pequenina.
Há muitos anos atrás, havia em Palmela a tradição de fazer um bolinho chamado fogaça. No dia 15 de janeiro, dia de Santo amaro, levavam-se estes bolos à igreja para serem abençoados pelo padre. Dizia a lenda que esta bênção curava os doentes e dava sorte às colheitas. A mãe então lembrou-se que era dia 15 de janeiro e que podia fazer fogaças para ajudar a sua filha a ficar bem.
Então foi para a cozinha fazer a fogaça.
Precisava de massa de pão, açúcar, banha, canela, erva-doce, raspa de laranja, sumo de laranja, um copo de aguardente e farinha. Ela acabou de fazer as fogaças, deu-lhes forma de coração, como a avó lhe tinha ensinado e foram para o forno durante oito minutos.
O forno apitou e a mãe disse:
- Finalmente apitou!
A Leonor sentiu um cheiro delicioso e foi à cozinha ver o que se passava.
A mãe contou-lhe a lenda das fogaças e a menina disse:
- Já me sinto um pouco melhor… Posso ir contigo à Igreja de Santo Amaro?
A mãe concordou e lá foram as duas.
O padre Ramalho ficou muito espantado ao vê-las aparecer com as fogaças, porque há muito tempo que a lenda já tinha sido esquecida.
O padre Ramalho abençoou as fogaças e enquanto conversavam com a mãe da Leonor, esta ia trincando um dos bolinhos deliciosos. De repente, a Leonor exclama alegremente:
- A dor de cabeça passou! Já me sinto melhor!
A mãe ficou muito feliz e o padre também. Mais tarde, na missa, ele contou a todos a história da Leonor e das fogaças e desde esse dia, a tradição ganhou vida outra vez vida em Palmela.
Hoje todos os meninos das escolas de Palmela conhecem a lenda das fogaças graças à Leonor.

Isabel Sequeira Mira d’Almeida
3ºG

8 anos (teve ajuda da mãe)
2º Prémio - Expressão Escrita



Prémio de originalidade 

1º Prémio - Expressão Plástica
A Biblioteca agradece a colaboração e participação dos concorrentes. Estão de parabéns!





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