Durante o mês de outubro a Biblioteca Escolar promoveu o concurso "Ler+ adoç@ a vida" com dois escalões: o de expressão plástica e o de expressão escrita. Foram vários os trabalhos, sobretudo escritos, contendo pesquisas, receitas, muita imaginação e apoio familiar. O resultado foi uma exposição no átrio da escola que vai ser compilada num livro para todos puderem consultar. Os objetos criados estão na Biblioteca Escolar.
Foi difícil a escolha dos trabalhos vencedores, pois muitos demonstram grande empenho, qualidade e colaboração e envolvimento dos pais,
Prémios do Concurso "ler+ adoç@ a vida - A Fogaça"
EXPRESSÃO ESCRITA
1º
Lugar – Diogo Ribeiro, Turma 3ºH
2º
Lugar – Isabel d’Almeida, Turma 3ºG
3º
Lugar – Ana Sofia Pardal, Turma 3ºH
Prémio
de originalidade – Guilherme Henriques, Turma 3ºG
Prémio de maior nº de trabalhos entregues – Liane e Safira,
Turma 4ºM
EXPRESSÃO PLÁSTICA
1º
lugar – Cecília Orfão, Turma 2ºE
1º Prémio de Expressão Escrita
A Biblioteca agradece a colaboração e participação dos concorrentes. Estão de parabéns!1º Prémio de Expressão Escrita
A nova vida das Fogaças
Há algum tempo atrás, numa quinta em Palmela, vivia uma menina chamada
Leonor. A Leonor Gostava muito de correr e saltar, mas o que ela adorava mesmo
era ir brincar com os animais: o cão Júnior, a gata Patareca, a vaca Lulu e o
burro Vagabundo.
Um dia, a Leonor estava a brincar com os animais e começou a sentir uma
dor de cabeça muito forte.
A Patareca e o Júnior foram
avisar a mãe da Leonor. O Júnior começou a ladrar e a Patareca a miar.
A mãe perguntou:
- O que é?
Os dois animais foram a correr em direção à Leonor que estava sentada
no quintal. A mãe viu a filha com um ar tão doente que perguntou:
- O que é que se passa, filha?
- Dói-me muito a cabeça, mãe.
- Anda, vem deitar-te um bocadinho na cama.
A mãe foi levar a filha à cama e ao ver no calendário que era dia 15 de
janeiro, lembrou-se de uma história muito bonita que a avó lhe tinha contado
quando ela era pequenina.
Há muitos anos atrás, havia em Palmela a tradição de fazer um bolinho
chamado fogaça. No dia 15 de janeiro, dia de Santo amaro, levavam-se estes
bolos à igreja para serem abençoados pelo padre. Dizia a lenda que esta bênção curava
os doentes e dava sorte às colheitas. A mãe então lembrou-se que era dia 15 de
janeiro e que podia fazer fogaças para ajudar a sua filha a ficar bem.
Então foi para a cozinha fazer a fogaça.
Precisava de massa de pão, açúcar, banha, canela, erva-doce, raspa de
laranja, sumo de laranja, um copo de aguardente e farinha. Ela acabou de fazer
as fogaças, deu-lhes forma de coração, como a avó lhe tinha ensinado e foram
para o forno durante oito minutos.
O forno apitou e a mãe disse:
- Finalmente apitou!
A Leonor sentiu um cheiro delicioso e foi à cozinha ver o que se
passava.
A mãe contou-lhe a lenda das fogaças e a menina disse:
- Já me sinto um pouco melhor… Posso ir contigo à Igreja de Santo
Amaro?
A mãe concordou e lá foram as duas.
O padre Ramalho ficou muito espantado ao vê-las aparecer com as
fogaças, porque há muito tempo que a lenda já tinha sido esquecida.
O padre Ramalho abençoou as fogaças e enquanto conversavam com a mãe da
Leonor, esta ia trincando um dos bolinhos deliciosos. De repente, a Leonor
exclama alegremente:
- A dor de cabeça passou! Já me sinto melhor!
A mãe ficou muito feliz e o padre também. Mais tarde, na missa, ele
contou a todos a história da Leonor e das fogaças e desde esse dia, a tradição
ganhou vida outra vez vida em Palmela.
Hoje todos os meninos das escolas de Palmela conhecem a lenda das
fogaças graças à Leonor.
Isabel Sequeira Mira d’Almeida
3ºG
8 anos (teve ajuda da mãe)
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